O primeiro estudo internacional sobre o impacto da COVID-19 nas vendas de eletrônicos indica que o segmento de displays para uso residencial teve queda de 10% – de 290 para 259 milhões de unidades no período entre janeiro e abril. O levantamento, realizado para consultoria Display Supply Chain (DSCC), com sede no Japão, analisou também os efeitos da crise sobre cinco outros segmentos da indústria eletrônica que utilizam telas de vídeo.

O segmento que teve maiores perdas até abril foi o de displays para uso automotivo (16%), afetado pela grande redução nas vendas de veículos. Já o setor de dispositivos móveis, que representa o maior volume da indústria atualmente, caiu 11%: de 2.064 para 1.827 milhões de unidades nos primeiros quatro meses de 2020. Vêm a seguir no levantamento da DSCC os segmentos de notebooks (7%), monitores (7%) e tablets (2%).

O relatório estima que esses percentuais devem se manter até o final do ano, considerando que os principais países consumidores – EUA à frente – estão entre os mais afetados pela pandemia. Embora os fabricantes chineses e coreanos já tenham retomado a produção, acredita-se que os pedidos só voltarão a crescer no segundo semestre. A previsão é de que a indústria eletrônica como um todo tenha queda pelo terceiro ano consecutivo, somando US$ 103 bilhões em faturamento, o que seria o resultado mais baixo desde 2011.

Mesmo assim, a DSCC incluiu uma nota em seu relatório indicando que a partir de janeiro de 2021 o mercado deve experimentar uma retomada. Esta seria em função da demanda reprimida, já que a maioria dos consumidores estão adiando suas compras este ano, e também devido ao apelo por novos TVs com a realização dos Jogos Olímpicos de Tóquio, que foram transferidos de 2020 para 2021.

FONTE: DSCC

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