notebook_roubado
Por Flavio Canuto

Apesar dos incentivos fiscais, a queda dos preços, a chegada de grandes players mundiais no mercado, a venda ilegal de notebooks no País só aumenta. É o que aponta pesquisa divulgada ontem pelo IBL (Instituto Brasil Legal). O números mostram que cerca de 1,3 milhão de notebooks entraram ilegalmente no País em 2008.

Basta uma volta rápida na Rua Santa Efigênia, paraíso dos eletrônicos da cidade de São Paulo, para constatar isso. Os modelos mais simples, conhecidos como “netbooks”, são encontrados em praticamente todas as lojas, e algumas delas se especializaram em notebooks. Estas disponibilizam desde os modelos mais básicos até os mais sofisticados de diversas marcas…a origem dos equipamentos? Não se sabe.

A demanda é imensa. A porosidade de nossas fronteiras também. Mas será que vale a pena comprar um produto no mercado negro mesmo com a diferença de preço entre os produtos legais e ilegais diminuindo cada vez mais?

11 thoughts on “De onde vêm os notebooks dos brasileiros?

  1. Vale lembrar que existe muita diferença entre “roubado” e “importado ilícitamente”. Estamos em plena ERA dos CASTELOS com o dinheiro do povo. Ora, se vamos falar sobre importações, coloque na ponta do lápis os encargos, impostos e afins para se importar neste país. Vejam só, por exemplo, a loucura praticada pelas operadoras de celular atualmente que, “supostamente”, vendem IPhones importados legalmente. Enquanto que, na própria Santa Efigênia, encontramos aparelhos DESBLOQUEADOS, e um modelo 16Gb 3G por exemplo, é mais barato que o (modelo) mais simples nas lojas, FORA os pacotes abusivos que ainda somos obrigados a engulir. Fica a pergunta: Tudo bem, construir CASTELOS com estes MESMOS impostos que, SUPOSTAMENTE serviriam ao bem estar da nação?

  2. Tudo bem, construir CASTELOS com estes MESMOS impostos que, SUPOSTAMENTE serviriam ao bem estar da nação?
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    De forma alguma, Jackson. A destinação do dinheiro dos impostos é outro problema. Policial, diga-se de passagem, e que deve ser combatido, mas não é o foco de um post num blog sobre tecnologia.

    Sobre a diferença entre um produto que é fruto de roubo ou descaminho, ela existe sim, claro. O fato é que quando se compra no mercado negro é quase impossível fazer esta distinção.

    Abraço!

  3. Acho interessante o autor ressaltar como raios um notebook de 600 dolares chega custando mais de 3000-3500 reais no pais…
    logico… nossas aliquotas de importaçao junto com o cambio atual mais q dobram o preço de um produto razoavel…
    e ainda diz q o preço tem equalizado com os praticados la fora (importados legalmente)…
    so esqueceu de citar q nos recebemos a escoria da escoria que o americano e o europeu nao compram (convido a achar em gdes lojas americanas algum notebook equipados com celeron e menos de 1 gb de ram como eh comum aqui)

    enfim c vc procura um equipamento de boa qualidade no pais ou vc c sujeita a pagar uma fortuna ou importa ilegalmente…

  4. Flavio,

    Concordo plenamente que a “destinação do dinheiro” dos impostos está diretamente ligada ao caso do castelo e por ai vai. Mas gostaria de lhe fazer um convite e ficaria muito feliz em obter estas informações:

    Poderia fazer uma blogada informando o valor de compra de, por exemplo, um “Sony Playstation 3” e calcular TODOS os “supostos” impostos o qual ele é obrigado a pagar e depois adicionar uma margem de, digamos 15% de lucro no valor final?

    (acho que isso vai responder as perguntas do Bruno)

    Tenha certeza de que sua blogada foi muito feliz em resaltar a pesquisa do IBL, mas gostaria que as pessoas soubessem o quanto será inviável o combate CONTRA o mercado informal, o chamado “paralelo” ou “mercado negro” sem uma reforma tributária pesada, inteligente e honesta.

    Fico grato por sua atenção!

  5. Sempre comprei tudo relacionado a informatica na Santa e nunca tive problemas com devolução, sempre fui bem tratado e muito melhor que em muitas lojas oficiais de produtos.
    O texto parece generalizar que lá só há pessoas com más intençãoes, mas intenções que existem até em lojas oficiais.

  6. Jackson,

    Realmente reforma tributária, política, é quadrado redondo em Brasília…ouço falar essas palavras desde criança e nada acontece.

    Enquanto isso, as pessoas compram coisas de origem duvidosa, as máfias só crescem, aumentam o seu poder, e a indústria (e os trabalhadores) brasileiros são prejudicados.

    Abração!

  7. Parece que o autor do texto nunca morou no Brasil e nem sabe o que é inernet!
    Só gente besta e muito rica que paga 10x e até muito mas pra ter um produto de qualidade aqui no Brasil.

    No lançamento do Iphone a Claro me ligou pra saber se queria o IPhone, só custaria R$ 2,999,00, lá fora não custa U$ 199,00 (cerca e R$ 500,00)?

    Falei que não era besta nem otario de cair nesse conto do vigario.

    Brasil, o pior pais do mundo pra ser ter algo de qualidade, de ponta!

    E ainda tem uns “escreverdores de texto” que veem fazer campanha contra importação sem pagar imposto pros bandidos que controlam o pais.
    pra eles um IPhone pode custar 1 milhão, um notebook pode custar 100 milhões… eles vão lá e compram com dinheiro roubado nosso.

    eu só queria pagar o justo pelo que compro!

  8. Jerry Wendel,

    Também não é beeem assim né?

    Eu não acho que o Flavio Canuto não more no Brasil ou não saiba o que está falando… ele só quis mencionar uma parte da história, que é a tal pesquisa do IBL.

    Concordo com você no tocante a pagar o justo por um produto, e também concordo com o Flavio, que devemos SIM saber a origem dos produtos, até por segurança. Por outro lado, você é bastante REAL neste quesito:

    – No lançamento do Iphone a Claro me ligou pra saber se queria o IPhone, só custaria R$ 2,999,00, lá fora não custa U$ 199,00 (cerca e R$ 500,00)? –

    A pergunta fica:

    Quanto seria o Justo? Qual a margem de lucro aceitável e a % de impostos que devemos pagar por um produto importado? E quando NÃO HÁ CONCORRENCIA de produto similar no Brasil? Como isso fica?

    Mas a discussão serve para levantarmos nossos olhares em direções “diferentes”, menos “simplistas” do que estes estudos apontam.

  9. Calma pessoal hoje já é possivel importar do paraquai em lojas on line do brasil com nota fiscal e garantia de 1 ano.
    Somente pessoas desinformadas comprar produtos em americanas,submarino,wal mart e etc.. aonde o lucro liquido de um eletrônico é de 40%,descobri isso recentemente nos Eua não passa de 25%,portanto somos roubados 2 vezes além dos impostos.
    Somente otário ou classe A(que compra uma bolsa de marca que custa $1000 dólares e na loja custa R$10.000 reais e quanto a legalidade recentemente a policia federal prendeu os donos por importação Ilegal sem nota fiscal portanto se até os milhionários faze isso e criticam o Lau Quim Chow de fazer o mesmo um bando de hipocritas) paga um produto eletrônico acima de R$5000 reais que custa R$1300 dólares.
    Agora Flavio Canuto mas os grandes responsáveis na minha opinião são os próprios fabricantes por não investirem um uma fábrica de Semi condutores no brasil como a Intel, Samsung,Lg para fabricação de todos os componentes dos eletrônicos produzidos no País,com isso os produtos ficariam em média 50% mais baratos mesmo com os impostos locais a própria Samsung disse só iria investir quando alguma empresa fizesse isso para não perder competitividade.
    O pronunciamento da Samsung foi feito quando a Toshiba(mesmo com todos os incentivo ficais não quis se instalar no País para Tv digital) mostrou interesse em faze-lo,portanto precisamos rezar para alguma companhia ter iniciativa para concretizar essa ação.
    Porque atualmente o país é só um montador de produtos de peças vindas da china que pagam 60% de imposto aí não tem jeito, mais lucro dos fabricantes e 40% de lucro liquido das lojas online e fisícas fica impossível.
    A única empresa que pode tomar uma atitude dessas é a Asus(por sua agressividade comercial e grande respeito por parte dos brasileiros pois possuem por suas placas de video,placas mãe,coolers,placas de som e etc..) que vai instalar uma fábrica para montar Pcs e notbooks,se ela perceber o que qualquer idiota sabe e fizer esse investimento as outras virão junto.
    Enquanto isso um PS3 em lojas acima de R$2200 e numa loja importadora R$1499 e notebooks de R$500 reais a diferença é mais absurda chegando a custar a metade R$2500 em qualquer loja on line que importa o produto no paraquai.
    Fica realmente dificil vc conseguir convencer da clase B para baixo pagar o dobro pelo mesmo produto e acho que somente a classe A teria a soberba para o mesmo.

  10. E isso aí galera que apóia o contrabando. Alimentem mesmo a corrupção e a criminalidade. Só espero que estes criminosos não matem pessoas próximas a vocês. Não é deixando de pagar impostos que vocês estarão fazendo justiça por seus impostos pagos e mal usados. Votem direito.

  11. Caros,

    Primeiro, gostaria de agradecer a participação de todos. Segundo, gostaria de deixar claro que NÃO acho justa a tributação sobre os produtos eletrônicos no Brasil.

    Isso não quer dizer, no entanto, que eu faça a compra de produtos cuja a procedência é duvidosa.

    Ninguém pode garantir com 100% de certeza se nenhuma gota foi derramada, se nenhuma família foi destruída para que a “pechincha” chegasse as suas mãos. Pode?

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