Teste exclusivo: TV LG 4K Nanocell SM90 55”

Esta é a TV top de linha da LG no Brasil na categoria NanoCell, uma aposta da LG para competir com os QLED da concorrente Samsung. Diferente dos TVs OLED, os NanoCell utilizam backlight de leds e mais um painel interno de nanopartículas, cuja função é aprimorar o desempenho de contraste com melhor controle de cada pixel.

Com tela de 55”, a TV LG NanoCell SM90 – lançada em 2019 – possui gabinete de apenas 6,2cm de espessura e de instalação prática, sobre uma base com estrutura interna em metal e de design curvo (cada vez mais raro nas TVs), que não exige móvel de grande comprimento. Veja o Slideshow.

Na traseira, o cabeamento fica organizado sob uma capa no suporte da base e não compromete o visual da tela. Os modelos da linha SM90, de 86”, 65” e 55”, estão entre os primeiros do mercado a oferecer entradas HDMI 2.1.

Quanto às conexões wireless, o Wi-Fi é compatível com rede AC de maior velocidade; o Bluetooth serve tanto para receber áudio de um celular como transmiti-lo a uma caixa ou fone sem fio; e o protocolo AirPlay 2 aceita a transmissão do conteúdo reproduzido em um iPhone. Significa que se o assinante tiver o aplicativo Apple TV em seu iOS, poderá espelhar filmes, inclusive gravados com Dolby Vision e Atmos, diretamente na TV.

NANOCELL: COMO FUNCIONA 

O painel NanoCell é formado por partículas que medem 1 nanômetro (1nm), metade do que se encontra nos pontos quânticos, por exemplo. Segundo a LG, a aplicação dessas nanopartículas é feita diretamente no painel LCD, visando melhorar a absorção da luz dentro da TV e, com isso, aumentar a pureza das cores, sobretudo vermelho e verde.

Chamou atenção na TV NanoCell o Modo Galeria, que na ausência de sinal a tela reproduz automaticamente obras de arte com molduras, imitando um quadro; fotos de paisagens variadas podem ser baixadas para a memória do aparelho. São imagens bem definidas e de cores vivas, que ressaltam as boas características da TV, em especial o painel IPS e seu excelente ângulo de visão.

VEJA AQUI NOSSO VÍDEO EXCLUSIVO

SOBRE OS TESTES DA TV NANOCELL

Começamos os testes com sinais HD da TV aberta e de séries da internet, na intenção de conhecer o processador Alpha7 de 2ª Geração. Segundo a LG, esse componente traz o recurso Deep Learning (“aprendizagem profunda”), que utiliza um banco de dados com imagens de altíssima definição para uma reprodução mais realista. O resultado foi um upscaling de ótima qualidade, com um grau de nitidez acima da média e tonalidades intensas. 

IoT E INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

A parceria com a Apple fez da LG a primeira a ter TVs com a plataforma HomeKit integrada, respondendo aos comandos por voz (Siri) através de iPhone ou HomePod, para controlar somente funções básicas do aparelho, como ligar, mudar de emissora, aumentar volume etc.

A TV SM90 traz ainda o Google Assistente, o que facilita a comunicação com lâmpadas inteligentes, câmeras, caixas sem fio e diversos dispositivos conectados e configuráveis com o app Google Home. Já para quem possui produtos com Amazon Alexa, essa TV também suporta soluções compatíveis.

As TVs NanoCell trabalham com dois protocolos de Internet das Coisas (IoT): ThinQ AI, presente em eletrodomésticos da marca com conexão Wi-Fi, e OCF (Open Connectivity Foundation), protocolo aberto para integração com equipamentos IoT de outras marcas.

Deve-se baixar o aplicativo LG SmartThinQ, logar como usuário e configurar os produtos na rede. Pelo painel doméstico, dá para ver as ações controláveis de cada item, o status de operação e elaborar instruções para um funcionamento mais eficiente.

Nos dois protocolos, o comando de um sistema conectado não pode ser feito por voz, mas a partir do controle remoto Bluetooth Smart Magic, que atua como um mouse na tela, facilitando a navegação na plataforma WebOS 4.5, da LG.

SOM DOLBY ATMOS 

Com 40W distribuídos em 2.2 canais, a TV SM90 tem áudio relativamente mais alto e com menos distorção que a maior parte das TVs. Contribui a função One Touch Sound Tuning, que usa o microfone do controle para analisar as características da sala e conferir mais clareza ao som.

Filmes e séries da Netflix e Prime Video com trilha Dolby Atmos são mostrados na tela, pois o decoder da TV permite transmitir o sinal bitstream a uma soundbar ou receiver com Atmos, via HDMI ARC, ou reproduzir o áudio 3D através dos falantes da própria TV. Contudo, isso ainda não substitui o som potente e impactante de uma soundbar com subwoofer ativo, ou, melhor ainda, um sistema de home theater. 

HDR E DOLBY VISION 

Mas foi com filmes em Blu-ray 4K HDR que reconhecemos melhor os atributos da tecnologia NanoCell. Com o ótimo Dunkirk, ambientado na 2^a Guerra Mundial, vimos uma fotografia valorizada desde a cena de abertura, quando folhetos lançados por aviões nazistas anunciavam o cerco às Tropas Aliadas, até o final com o resgate por civis britânicos.

No cenário de rua deserta, a cor das paredes das casas e o céu nublado, tudo parecia real; assim como as pequenas embarcações com suas bandeiras hasteadas, retornando com os soldados para casa.

Já nas séries masterizadas em Dolby Vision (veja este vídeo), decidimos assistir com a sala menos escura. Muito interessante a riqueza de tons e o potencial de contraste da TV NanoCell, mesmo após desligar o ajuste Full-LED. Este, embora entregasse preto bem mais profundo em áreas estáticas da tela, também desbalanceava o preto nas imagens em movimento. 

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BACKLIGHT 

Méritos para o backlight FALD (Full Array Local Dimming), responsável por manter uniformidade de luz e de preto em todo o painel. É o desempenho bem diferente dos TVs com backlight Edge-lit (a maioria do mercado), apesar do brilho nas zonas de leds sobre fundo escuro ainda gerar um sutil “efeito lanterna”.

Certamente o usuário mais exigente apreciará um dos modos de ajustes disponíveis na SM90, seja Cinema, Technicolor Inteligente, ISF Avançado, Expert… A TV da LG vem devidamente calibrada para apresentar detalhes em sombra, figurino e cenografia que dificilmente veríamos em um modelo comum.

AIRPLAY 2 E HDMI 2.1 

Com a 2^a geração do AirPlay, as TVs NanoCell conseguem reproduzir filmes do serviço de streaming AppleTV+, que na época dos nossos testes tinha o maior acervo de títulos em 4K gravados com HDR, Dolby Vision e Dolby Atmos. Pode-se acessar por um iPhone, iPad ou Mac e transferir para a TV compatível.

Já o HDMI 2.1, versão mais recente do conector HDMI, traz capacidade de banda de 48Gbps, o que atende a demanda por jogos com gráficos mais elaborados, em consoles de alto desempenho. TVs com HDMI 2.1, como a linha NanoCell SM90, da LG, recebem sinais 4K gravados a 120 quadros por segundo, com taxa variável de atualização e suporte ao modo Modo Automático de Baixa Latência.

A conexão HDMI 2.1 possibilita ainda tráfego de vídeo Dolby Vision, com maior gama de cores, e áudio Dolby Atmos ou DTS:X sem compressão. Com um cabo HDMI de Ultra Alta Velocidade, pode-se conectar um Xbox One X, o primeiro console com atualização de firmware para HDMI 2.1.