[button-blue url=”#” target=”_self” position=”left”]Por ORLANDO BARROZO[/button-blue]

OCF, sigla da “Fundação para a Conectividade Aberta”, consórcio internacional com sede em Oregon (EUA), é também a identificação de um novo padrão de conexões para dispositivos de automação. Lançada em 2019, a interface OCF Universal Cloud, foi desenvolvida por um grupo de empresas do setor eletrônico para unificar todas as marcas e tornar menos complicada a vida do usuário de sistemas automatizados.

Atualmente com cerca de 400 membros, a OCF (Open Connectivity Foundation) conta com marcas de prestígio como Samsung, LG, Eletrolux, Cisco, Microsoft, Panasonic, Legrand, Haier, Qualcomm, Intel e Lenovo, além de entidades da indústria nos EUA, China, Japão, Coreia e Índia. O objetivo declarado do grupo é criar um padrão universal de conexões incorporando os avanços da Internet das Coisas (IoT) e que possa ser entendido e adotado tanto em instalações residenciais quanto em segmentos como medicina, segurança, transportes etc.

Curiosamente, a OCF conta também com uma lista de parceiros que inclui outros consórcios similares – como HDMI Forum, WiFi Alliance e Zigbee, entre outros – que defendem padrões atuais que, supostamente, serão substituídos no futuro pelo OCF Cloud. Originalmente, a entidade foi fundada pata normatizar e disseminar o uso de IoT através de plataformas C2C (Cloud-to-Cloud). Preservando um de seus princípios básicos, o padrão OCF é aberto e oferece uma interface de programação única, a ser utilizada por todos os fabricantes.

Um padrão universal de conexões é a única forma de garantir a interoperabilidade entre os dispositivos, sem depender de direitos de propriedade.

Assim, todos os servidores de nuvem seriam atualizados para se comunicar entre si, e com todos os demais dispositivos em circulação, através dos mesmos códigos e mesma interface. Algo como uma “super API” (Application Programming Interface) que ajudaria a expandir a indústria de IoT e suas subsidiárias ou associadas. Entre outros benefícios, os fundadores da OCF acreditam que isso reduzir bastante os custos de desenvolvimento e atualização dos programas na forma como são comercializados hoje.

Em comunicado distribuído no último fim de semana em Las Vegas, horas antes da abertura da CES 2020, a Open Connectivity Foundation explica que esse desenvolvimento tornou-se necessário diante da rápida expansão dos dispositivos IoT pelo mundo. Todos precisam se comunicar entre si de forma ágil e segura, independente da marca ou país de origem. A única forma de garantir essa interoperabilidade é com um padrão universal que não dependa de direitos de propriedade.

“Configurações diferentes de uma mesma interface OCF podem simplificar a colaboração entre os fabricantes, que muitas vezes não têm meios de desenvolver sozinhos e dar suporte a essas soluções”, diz John Park, diretor executivo da OCF. “O novo padrão também deve ajudar empresas que já têm plataformas em nuvem e desejam expandir o número de dispositivos conectados. Com isso, teremos uma multidão de fabricantes produzindo aparelhos mais seguros e interoperáveis, com maior flexibilidade para os usuários”, acrescentou Park.

Numa explicação genérica, o padrão OCF se baseia na comunicação por proximidade entre os dispositivos, utilizando o chamado IOTIVITY. Este é definido pela entidade como um “middleware atuando entre todos os sistemas operacionais e plataformas de comunicação existentes”. Esse conjunto de códigos e instruções contém quatro blocos principais:

*Discovery – Suporte a múltiplos mecanismos para detectar dispositivos tanto nas proximidades quanto remotamente;
*Transmissão de dados – Troca de informações e instruções de controle com base em streaming e fluxo de mensagens;
*Gerenciamento de dados – Coleta, armazenamento e análise de dados vindos de diversas fontes;
*Gerenciamento de dispositivos – Configuração, provisionamento e diagnóstico de dispositivos.

Para se atualizar sobre os desenvolvimentos do novo padrão, acesse OpenConnectivity.org.

 

 

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