Em outros países, a cultura DIY (do-it-yourself) é bem consolidada. Mas, no Brasil, o tal “faça-você-mesmo” costuma desviar para as malfadadas gambiarras, muitas vezes resultando em boas dores de cabeça para a família toda. Em nossa redação, já recebemos dezenas de relatos desse tipo: pessoas que se achavam entendidas e que, após várias tentativas, pediam socorro!

No caso da automação residencial, essa situação também é comum. Há inúmeras ofertas no varejo que, de duas uma: ou não entregam o que prometem, ou exigem conhecimento prévio do usuário. Alguns produtos à venda até em supermercados são anunciados como “automação”, quando na verdade não passam de dispositivos de aplicação restrita a determinadas funções.

“Automação resulta do trabalho
de integrar e combinar tipos e marcas
diferentes de produtos”

Muitos, inclusive, não trazem qualquer tipo de garantia ou suporte pós-venda e têm vida útil curta. Sem falar no fenômeno ching-ling!

A partir dessas experiências, preparamos um roteiro básico para você que sonha ter uma casa automatizada. Tudo depende de como é a sua casa e de quanto você se dispõe a gastar. Uma boa notícia é que, mesmo na quarentena, é possível fazer uma boa pesquisa na internet para ter uma ideia das soluções que combinam melhor com suas necessidades e seu estilo de vida.

Junto com as dicas seguem também alguns links que podem ser valiosos nessa fase inicial. Anote:

1.Não se afobe em automatizar a casa (ou apartamento) inteira. Uma vantagem da automação é que as coisas podem ser feitas aos poucos, de acordo com o orçamento. Para começar, faça uma lista das suas prioridades: luzes, temperatura, cortinas, alarmes, som ambiente, sensores em portas e janelas (veja o slideshow ).

2.Resista à tentação de sair comprando à primeira vista. Após a pesquisa inicial, consulte uma empresa especializada em projetos (podem ser encontradas aqui, por exemplo). O projetista virá a sua casa, e numa conversa irá sugerir algumas alternativas. Acredite: é mais seguro e pode até sair mais barato no final.

3.Não decida de imediato. Vale a pena consultar mais de uma loja ou integrador especializado. Visite sites de fabricantes (que têm suas revendas credenciadas) e empresas integradoras: automação é basicamente o trabalho de integrar e combinar diversos tipos de produtos.

4.Não tenha preguiça de buscar informação. Procure publicações especializadas, que costumam mostrar os projetos prontos e detalhar como foram feitos. E evite a todo custo os “influenciadores” da hora, pois a maioria deles é contratada para fazer propaganda.

Confira no hot site Smart Home as melhores
dicas em produtos e serviços de automação

para sua casa

5.Procure visitar show-rooms. Talvez não seja agora, com a quarentena, mas essa é uma ótima maneira de “experimentar” automação. Você vê tudo funcionando e pode imaginar o que ficaria melhor em sua casa. Agende uma visita assim que possível.

6.Busque referências de trabalhos já realizados. Nesse contato com a integradora, peça para ver fotos ou vídeos de projetos que já executou; se tiver algum amigo ou parente para pedir informações, melhor ainda.

7.Confirme os detalhes da obra. É bom checar se a loja e/ou seus funcionários possuem certificações técnicas, fornecidas por fabricantes ou entidades como AVIXA e Aureside, entre outras. E como eles se apresentam: são atenciosos? Sabem explicar os detalhes técnicos? Estão disponíveis para tirar dúvidas?

8.Com fio ou sem fio? Eis a questão. Em geral, todo mundo prefere instalações sem fio, que são mais rápidas de executar, fáceis de usar e não exigem grandes obras. Mas também são mais sujeitas a falhas. Um bom integrador saberá como montar uma rede híbrida, com e sem fio, que garanta funcionalidade e segurança.

Exemplo de uma central de automação residencial

9.Desconfie de orçamentos tentadores. Diferenças de preço sempre existirão, daí a importância de comparar. Mas, quando a oferta é tentadora demais, algo está errado. Em tecnologia, não há milagres. Para projetar e executar um trabalho, o profissional precisa estudar muito e ganhar experiência. E isso tem seu preço.

10.Fique de olho nas garantias. Um sistema de automação utiliza um controle central de determinada marca, que precisa se comunicar com produtos de marcas diferentes. E quem garante o resultado final? Combine isso com o integrador. Todos os produtos utilizados precisam ter homologação da Anatel e do Inmetro, além de garantia do fabricante. E o integrador deve deixar tudo documentado, responsabilizando-se por todo o trabalho.

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